23 maio 2010

Efeitos pós maratona? Não desanime!

Quanto tempo dura os efeitos de uma maratona?
Achei o assunto interessante e estou dando um forward no post.

Passada a maratona, é hora de recuperar o organismo para os próximos desafios.

Quem já correu os 42 km de uma maratona sabe o quanto é difícil superar os desafios dessa prova, considerada uma das mais desgastantes e emocionantes do atletismo olímpico. Seja para atletas profissionais ou amadores; experientes ou estreantes; que tenham, ou não, finalizado o percurso, a recomendação é a mesma: após a corrida, é preciso lidar com as conseqüências do esforço e físico e mental, dedicando-se à recuperação do organismo.

O tempo de duração dos efeitos da maratona em um atleta varia de acordo com o preparo físico de cada um. Ao término da prova, a sensação de bem-estar que atinge os atletas profissionais, por exemplo, pode durar até dois dias. A causa desse efeito se deve, em parte, pela beta-endorfina, substância produzida no sistema nervoso central durante o exercício físico. Esses atletas pouco sofrem com dores, devido ao seu bom condicionamento.

Os corredores amadores, por outro lado, tendem a sentir um mal-estar semelhante a uma gripe, que atinge o auge de dois a cinco dias após a maratona, podendo levar até duas semanas para se extinguir. “Esse é o tempo necessário para o processo de cicatrização e para a síntese das proteínas, com intuito de reparar os tecidos danificados”, afirma o professor Fernando Pompeu, do Departamento de Biociências e Atividade Física da Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Após a longa corrida, o desgaste mental e a falta de motivação são comuns entre os maratonistas amadores. De acordo com Márcia Ferreira, triatleta e técnica da Associação de Corredores de Rua do Rio de Janeiro (ACORUJA), esse grupo de atletas geralmente é acometido por um desânimo pós-maratona.

“Dias após o evento, os maratonistas amadores experimentam uma sensação de ‘vazio’ em suas vidas, considerada muito normal no meio esportivo. Tal sensação desaparece à medida que o indivíduo fortalece seu estado físico e mental”, aponta Márcia.

Segundo ela, uma boa solução para os corredores novatos - que estão na constante busca pela superação de limites - é seguir estratégias motivadoras, tais como “correr por divertimento, realizar atividades físicas alternativas de baixo impacto, dedicar mais tempo aos familiares e amigos, além de participar de eventos sociais, antes descartados por conta dos longos e intermináveis treinos”.

Dores musculares: boas dicas - É importante que o grupo de corredores iniciantes esteja atento às dores musculares, normalmente muito intensas após a maratona, em virtude do elevado desgaste envolvido em uma prova de longa duração. Essas dores, chamadas mialgias pós-esforço, são provocadas pelo excesso de ácido lático nos músculos, o que dificulta a contração muscular.

Como explica Fernando, a extensa agressão produzida pelo excesso de esforço pode, inclusive, provocar febre: “nesse caso, será necessária intervenção médica com prescrição de alguns anti-inflamatórios, analgésicos e/ou relaxantes musculares”.

Os atletas amadores, além da preocupação com a reposição de nutrientes, devem evitar o retorno ao treino com dores musculares. Para voltar a se exercitar, é necessário que o processo inflamatório já esteja encerrado e que os danos aos tecidos muscular e conjuntivo estejam devidamene cicatrizados.

“O treinamento de maratonistas é composto de quilometragem elevada, alguns corredores chegam a correr 300 km por semana durante seus treinos. Logicamente, é necessário que o atleta esteja plenamente recuperado antes de reiniciar esse grande volume de treino”, aponta Fernando.

Para o professor Ricardo Pacheco, do Curso de Fisioterapia da UFRJ, devem ser evitados¸ após treinamentos intensos ou competições duradouras, os alongamentos destinados à melhora da flexibilidade: “o objetivo do alongamento posterior à competição deve ser apenas promover o relaxamento”, afirma.

Os atletas profissionais, que completam a maratona com um tempo inferior a duas horas e trinta minutos, devem se preocupar, principalmente, com a reposição dos carboidratos e líquidos perdidos durante a corrida. Prevendo esse desgaste, o treinamento normalmente é interrompido dois dias antes da competição, aliado ao aumento da ingestão de massas.

O professor Fernando também ressalta que os atletas, para alcançar um bom desempenho, dependem muito de seus estoques de glicogênio. “Esse substrato oferece energia (na forma adenosina trifosfato) para o músculo, em uma velocidade muito superior a das gorduras”, explica. Segundo ele, a ingestão de bebidas com açúcares, antes, durante e após a competição, é essencial. Mas o professor alerta: “As bebidas industrializadas podem não ser uma boa opção, já que a tolerância para a glicose no líquido a ingerir pode variar de 6 a 23%”.

Para continuar a correr após a maratona, sem prejuízos à saúde, todo cuidado é pouco com relação às lesões do aparelho locomotor, muito freqüentes na prática esportiva. “Lesões inflamatórias como tendinites, rupturas musculares ou fraturas por estresse podem ser ocasionadas por falta de treinamento, excesso de atividade ou condicionamento insuficiente”, informa o professor Ricardo Pacheco.

(*) Texto de Fernanda de Carvalho é graduanda do 3º período do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e Colaboradora do Linha de Chegada.

Abraço à Todos!

3 comentários:

  1. Apesar de eu não seguir o descanso depois de 42k, achei show o post Manequinho. Bons treinos guerreiro.

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  2. Manequinho, boa tarde.
    Obrigado por visitar meu blog e sempre bom saber que estamos atravessando fronteiras e fazendo novas amizades, agora sou também seguidor de seu blog.
    Forte abraço
    Ernani

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  3. Valeu Manequinho pelo post! Muito legal, afinal venho do pós-maratona e estou me sentindo um pouco desanimada, sem foco... enfim recuperando o fisico , o negocio é voltar a ter um objetivo.

    valeu, abraços, pri

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